Regiões Vinícolas

Tem mais de 18 anos? Muito bem, pode continuar a ler este texto sobre os magníficos e deliciosos vinhos sul-africanos e a experiência fantástica de os degustar!

A África do Sul é um dos grandes produtores de vinhos de qualidade e a razão está nas regiões em que eles são produzidos, locais com terroirs magníficos, climas amenos e uma variedade de uvas que, quando trabalhadas com mestria, pelos métodos de produção certos, dão resultados excelentes. São as chamadas Winelands da Região Vinícola do Cabo, formadas pelos vales de Stellenbosch, Franschhoek e Paarl.

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Stellenbosch

A cerca de 50 kms da Cidade do Cabo, Stellenbosch é conhecida por ser a capital da arte da África do Sul. E embora o nome se deva à quantidade de galerias que existem na cidade, arriscamos dizer que, aqui, a arte é muito mais do que das Belas Artes. Inclui, também, a arte de viver, que passa por visitar locais únicos, degustar bons vinhos e melhores pratos, e saborear cada minuto da vida em boa companhia!

Fundada pelos neerlandeses, em 1679, é hoje uma cidade universitária, cheia de vida e boas vibrações, e onde se concentra grande parte da investigação e produção da indústria vinícola, bem como de diversas casas produtoras.

A sua localização ímpar, num vale e à beira de um rio, o rio Eerste, com um clima ameno, desde logo fez suspeitar que teria condições perfeitas para a agricultura. E, daí, até que os colonos resolvessem experimentar plantar vinha, não foi preciso muito. Felizmente, estavam certos.

De lá para cá, tem sido uma questão de afinar os métodos e explorar as práticas e, a verdade, está à vista: uma região vinícola reconhecida internacionalmente onde não faltam inúmeros vinhos premiados.

Mas, embora quase tudo gire à volta do vinho, nas Winelands tudo é muito mais do que vinho. É um estilo de vida. É o prazer de viver em harmonia com a natureza, respeitando-a. É saborear os prazeres da vida, que estão em cada detalhe: numa paisagem lindíssima, num raio de sol que aquece as vinhas, no entardecer de um dia de verão, numa refeição simples, numa fatia de queijo macio, e num brinde com um vinho magnífico, pois claro!

Valerá a pena visitar e fazer uma degustação, ou até ficar, numa das quintas vinícolas, mas se puder, não deixe de visitar a cidade. É pequena e bastante fácil de percorrer.

Aqui poderá conhecer um pouco melhor a história desta região, em parte porque há um museu que pode visitar. Mas só andar nas ruas e olhar para os edifícios e igrejas, já é bastante revelador da influência europeia, particularmente, da neerlandesa.

O centro histórico não é enorme e um passeio a pé revelará inúmeros cafés e restaurantes adoráveis, bem como lojas de artesanato e mercados de rua, que vai gostar de explorar. Sem esquecer, claro, as galerias de arte! Pode ainda dar uma volta na Universidade ou no seu, pequeno, mas bonito, Jardim Botânico.

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Franschhoek

Se, para si, um dos maiores prazeres na vida é estar à mesa e desfrutar de boas refeições e de bons vinhos e espumantes, em Franschhoek está, definitivamente, no sítio certo.

À semelhança de Stellenbosch, esta cidade foi fundada pelos neerlandeses que, apercebendo-se das suas características ideais para a agricultura, mandaram vir dos Países Baixos quem percebesse de agricultura e, especialmente, de vinhas e oliveiras.

Foram, então, enviados refugiados religiosos franceses – huguenotes - que, a partir de 1687, aqui se estabeleceram. O nome Franschhoek é, aliás, revelador disso mesmo, significando, em Afrikaans, ‘cantinho dos franceses’.

Desde então, muita evolução houve na tecnologia, mas a essência manteve-se a mesma. E nesta região onde os vinhos e a viticultura são, de facto, as estrelas da companhia, a gastronomia ganhou, entretanto, relevância. Sim, é que Franschhoek é, hoje, um dos mais famosos destinos de enogastronomia, e um local onde não faltam grandes chefs e restaurantes.

E, se por um lado, passear e conhecer as grandes quintas produtoras e saborear as degustações sempre acompanhadas dos melhores sabores e produtos locais é imperdível; também é igualmente recomendável visitar a cidade, que é pequena, mas muito encantadora, e experimentar os diversos – e excelentes – restaurantes, cuja base é a culinária francesa, soberbamente combinada com os produtos e sabores locais.

Para fazer estes passeios tem à disposição muitos meios de transporte, incluindo bicicletas e charretes, mas o mais conhecido e procurado é, mesmo, o Wine Tram – um comboio à moda antiga que permite o passeio pela região com visitas a quintas e degustações a bordo. É uma experiência magnífica! Se puder, parta nesta aventura.