Pingyao e Datong são verdadeiras relíquias históricas, perfeitas para quem procura uma imersão profunda na cultura e arquitetura da China. A Know to Go levou-me nesta aventura por muralhas centenárias, grutas milenares e templos suspensos, e posso dizer-vos que foi uma experiência única, diferente de tudo o que já vivi. Fui pela altura da primavera, em meados de abril, o que tornou a minha viagem ainda mais especial.
Pingyao
Comecei por explorar a cidade antiga de Pingyao. É fácil de sentir o peso histórico assim que se entra. Classificada como Património Mundial Cultural da UNESCO, Pingyao é a mais bem preservada cidade antiga da China. É como se voltássemos ao passado: uma muralha com muitos séculos ainda intacta, ruas de pedra escura, casinhas de madeira e telhas feitas de pedra, lojinhas de artesanato e utilidades, ruas adornadas com lanternas vermelhas e repletas de templos.
Encontrei-me com o Xin – o guia que a Know to Go me indicou –, junto às muralhas da cidade antiga, e partimos à descoberta da cidade. As muralhas protegeram Pingyao entre o séc. XIV e séc. XX, nos reinados das dinastias Ming e Quing, e oferecem uma vista panorâmica espetacular da cidade – é incrível pensar como é que há tantos séculos, sem qualquer tipo de máquinas, se podia construir algo tão grandioso.
Explorámos as ruas de calçada das Dinastias Ming e Qing, repletas de edifícios antigos e bazares de ambos os lados. Depois de algumas horas a conversar pelas ruelas da cidade, fomos visitar o Templo do Deus da Cidade. É magnífico! Repleto de cores, detalhes e significados - um deles mostra os animais dos anos chineses.
De seguida, fomos até ao primeiro banco da China, o Rishengchang, e à mais antiga empresa de transporte de valores do mundo, mesmo ao lado. São lugares muito interessantes, sobretudo para os que têm curiosidade pela história e cultura do país.
Acabámos por jantar cedo num restaurante de rua, onde provei o tradicional Pingyao beef - super bem preparado e delicioso.
Dica: Optem por jantar num restaurante de rua, pois conseguem conhecer a cultura da cidade mais de perto e saboreá-la.
Enquanto jantávamos, o Xin, que é estudante em Pequim, contou-me algumas das imensas histórias acerca desta cidade. Pigyao foi, em tempos, uma cidade comercial importante da dinastia Ming, tanto que foi lá que surgiu o primeiro banco do país. Só que com a perda do dinamismo económico, a cidade acabou por adormecer e ficar “presa” no tempo. As casas, as ruas e os templos permaneceram intactas, tornando a cidade num museu a céu aberto.
A seguir acabámos por ir assistir ao espetáculo “Another Glance at Pingyao”, que dura mais ou menos 1h30, e que apresenta de forma vívida a vida dos locais, representando a prosperidade e o declínio da história de Pingyao durante a dinastia Qing. Recomendo assistirem!
No dia seguinte saímos de Pingyao e fomos ao Complexo da Família Wang, um excelente museu de arte da arquitetura tradicional chinesa, e também conhecido como a “Cidade Proibida Popular”. A sua dimensão faz jus à grandiosidade das dinastias que aqui reinaram – é de perder a vista! Com mais de 70 palácios e 9.000 salas, é impressionante ver como a simetria reina em cada detalhe. É um ótimo passeio para explorarem a área e respirarem a história deste lugar.
Dica: Sabiam que as casas tinham as entradas principais voltadas para sul? De acordo com a expressão popular, seria para garantir uma “casa quente no inverno e fresca no verão”.
Para continuar a aventura, fomos até ao Templo Shuanglin, conhecido como a "Casa do Tesouro Oriental de Esculturas Pintadas", também Património Mundial da UNESCO. É impossível não ficar maravilhado com as mais de 2.000 esculturas coloridas, com uma história com cerca de 1.400 anos. Eu e o Xin percorremos desde os grandes aos pequenos salões, onde fiquei a conhecer uma grande variedade de deuses da altura.
Pingyao e a sua região fazem-nos recuar no tempo, e para os fãs da cultura chinesa antiga, são sem sombra de dúvida lugares a não perder.
Datong
De Pingyao a Datong foram cerca de 3 horas de comboio, mas as paisagens fazem a viagem valer a pena. Datong é uma cidade que contrasta com Pingyao, tem um ritmo acelerado, aproximando-se mais da China atual.
Datong é também uma cidade muito antiga, mas o seu centro histórico e muralha foram reconstruídos recentemente. É uma cidade mais moderna que serve de base para explorar a região fantástica em que se integra. O Lian, o meu guia em Datong, encontrou-se comigo cedo pela manhã, perto do meu hotel, e pôs-me a par da história da cidade, numa viagem de 40 minutos até às Grutas de Yugang.
São espetaculares! Já se imaginaram numa montanha repleta de grutas, onde podem encontrar mais de 50 mil estátuas do Buda, desde pequeninas a outras que chegavam a 17 metros, construídas há 1.500 anos? É de outro mundo! Embora a paisagem por si só seja magnífica, saber que tudo isto foi esculpido à mão, torna a experiência ainda mais impressionante. Os templos budistas escavados na montanha não se assemelham a nada que já tenha visto, é extraordinário.
Dica: levem calçado confortável, vão ter de andar muito a pé para visitar este lugar!
Depois visitámos o Mosteiro Suspenso - também cravado numa montanha. Tem cerca de 40 salões lá dentro, que combinam os estilos budista, taoísta e confucionista. As estátuas e murais que adornam o interior dão um ar espiritual ao lugar, que se sente mal entramos. Subir pelas escadas estreitas é uma aventura em si mesma. Mas o melhor para mim, foi mesmo a varanda: oferece uma vista deslumbrante sobre o vale, as montanhas e a florestas. É simplesmente mágico!
Revisitar o passado em Pingyao e Datong foi uma experiência única, repleta de detalhes que só um verdadeiro especialista como a Know to Go pode proporcionar.
Se tal como eu, procuram viagens que vão além do óbvio, revelando a verdadeira alma dos destinos, a agência de viagens Know to Go é a escolha certa. Marquem já a vossa próxima viagem!