India

Rajastão: o estado dos marajás e das cidades coloridas

Comece já a planear as suas férias!
Contacte-nos

É conhecido pela sua riqueza histórica, arquitetura deslumbrante e paisagens incríveis. Hoje levo-vos numa viagem inesquecível ao maior estado da Índia: o Rajastão.

Sabem a Índia do nosso imaginário? Aquela das cores, dos saris, dos elefantes a passear pela rua, dos encantadores de serpentes e dos palácios majestosos? É no Rajastão que a encontram.

Localizada a 400 quilómetros de Nova Deli, esta terra de rajás e marajás - aliás, é daí que vem o seu nome -, ganhou glória pelos sumptuosos palácios e monumentos e pelas cores vibrantes que, da natureza às cidades, pintam a região.

Comecei a minha viagem em Nova Deli e, daí, apanhei um voo doméstico, que durou cerca de uma hora, até à cidade de Jaipur. E é precisamente aqui que começa a minha aventura!

Jaipur: a cidade rosa

Classificada como Património Mundial pela UNESCO, maior cidade e capital do Rajastão, Jaipur deslumbrou-me pela arquitetura dos seus monumentos e pelos bazares coloridos - aqueles como vemos nos filmes -, cheios de especiarias, jóias, pedras preciosas e mil e uma outras bugigangas.

Mas, aqui, o que salta mais à vista são os edifícios cor de rosa, que dão o epíteto à cidade. Comecei por ir ao Hawa Mahal, ou Palácio dos Ventos, que é um dos mais conhecidos da cidade e tem uma fachada com 953 janelas! O Palácio da Cidade - cor de rosa, claro - é ainda a residência da família real de Jaipur e conta com jardins, zona comercial, pátios e até um museu.

Situado mesmo ao lado, aproveitei para visitar o Jantar Mantar: um observatório astronómico construído por um marajá que gostava de astronomia, onde está o maior relógio de sol do mundo. Depois, embarquei numa verdadeira aventura: apanhei um riquexó e fui até ao Jal Mahal, o Palácio da Água. E se acham que o trânsito em Portugal é caótico… esperem até ver as ruas de Jaipur! Antes, ainda parei no Templo de Galtaji, onde vive uma colónia de macacos.

Como já estava a caminho, continuei até ao Amber Fort, antigo palácio real, uma fortaleza que fica a 11km de Jaipur e que oferece vistas panorâmicas fantásticas. Visitei a sala dos espelhos - é incrível!  

Pushkar

Depois de Jaipur, fui até Pushkar. Foi preciso apanhar um comboio até Ajmer e, a seguir, um autocarro que me levou à cidade. Ainda assim, esta é a forma mais rápida de ir de um ponto ao outro.

Pushkar é uma cidade pequena e é um dos locais mais sagrados da Índia: é aqui que muitos hindus vêm em peregrinação. A cidade tem mais de 400 templos e um deles, o Templo de Brahma, é um dos únicos na Índia dedicado ao deus da criação.

Bem perto dos templos está o Lago Pushkar. As suas águas são consideradas sagradas e é aqui que acontecem as cerimónias das bênçãos, que são conduzidas por brâmanes, os membros da casta sacerdotal indiana. Podem participar numa, mas, se não quiserem, aconselho-vos a, pelo menos, assistir: são imperdíveis e verdadeiramente emocionantes.

Terminei a minha passagem por Pushkar com uma viagem de teleférico até ao Templo de Savitri, no topo da colina Ratnagiri. A viagem pode ser um tanto assustadora, mas digo-vos: a paisagem vale bem a pena!

Jaisalmer: a cidade dourada

A seguir a Pushkar, foi a vez de visitar Jaisalmer, mais a noroeste do estado. A viagem é um pouco longa - cerca de oito horas - por isso, recomendo um autocarro noturno para não perderem um dia inteiro.

Ao entrarmos em Jaisalmer, que fica às portas do Deserto de Thar, percebemos que a cor dos edifícios se confunde com a cor do deserto. As construções foram erguidas com as areias do Thar, dando à cidade a sua coloração característica e o seu epíteto: a cidade dourada.

Tal como noutras cidades indianas, uma das principais atrações de Jaisalmer é o seu forte. Sonar Quila é um dos únicos fortes da Índia que ainda é habitado. Por lá encontram moradias, lojas, hotéis, mercados e restaurantes. O Palácio, que já foi residência do marajá, é hoje um museu.

Visitando Jaisalmer, também não podem deixar de conhecer Bada Bagh, um complexo de jardins que fica a cerca de 5km da cidade, o lago Gadisar, os templos jainistas e as havelis, que são as mansões das classes ricas. As mais conhecidas são a Patwon Ki Haveli, a Salim Singh Ki Haveli e a Nathmal Ki Haveli.

Mas a cereja no topo do bolo foi, sem dúvida nenhuma, visitar o Deserto de Thar. Fui de camelo até às dunas (também podem fazer o percurso de jipe) e, com o pôr do sol como pano de fundo, jantei à volta da fogueira a ouvir as histórias dos habitantes locais. Depois adormeci tendo as estrelas como telhado.

Uma dica: o clima do deserto torna a cidade - e todo o estado do Rajastão - árida e quente. Por isso, aconselho-vos a levar roupas leves e confortáveis.

Jodhpur: a cidade azul

Terminada a visita a Jaisalmer, rumei de comboio - é uma viagem de cinco ou seis horas - a Jodhpur. Ao chegarmos à cidade ficamos com a sensação de que entramos num filme dos Smurfs: é tudo azul!

O Forte Mehrangarh, que é um dos maiores da Índia, é o maior atrativo da cidade. Está situado numa colina, por isso, além de ficarem a conhecer a sua fantástica arquitetura, ainda têm de bónus vistas panorâmicas incríveis.

Além do forte, também não podem perder uma visita ao Mercado de Sardar, à volta da famosa torre do relógio, onde podem comprar artesanato local, especiarias e tecidos, bem como o memorial de Jaswant Thada e o enorme Palácio de Umaid Bhavan, que é agora um hotel de luxo.

Udaipur: a cidade branca

E chegámos ao meu último destino no Rajastão: Udaipur. Pintada de branco devido aos edifícios em mármore, Udaipur é também conhecida como a “Cidade dos Lagos” ou a “Veneza do Oriente”. Calma e bem organizada, a cidade é super charmosa e romântica.

Dos 11 lagos, o maior - e um dos mais bonitos - é o Pichola, que abriga ao centro duas pequenas ilhas: uma com o Lake Palace e outra com o Jag Mandir. Imperdível é, também, o gigante City Palace: um complexo de palácios que conta com um museu e a Galeria de Cristal.

Recomendo, ainda, uma visita ao Templo Jagdish, ao Saheliyon ki Bari, também conhecido como “Jardim das Donzelas”, e ao museu Bagore Ki Haveli, onde podem assistir ao festival de danças típicas do Rajastão.

Durante a minha estadia em Udaipur tive tempo para visitar dois outros lugares magníficos, fora da cidade, no Rajastão profundo. De manhã, fui ao templo jainista de Ranakpur, com as suas 1.444 colunas de mármore branco ricamente ornamentadas. À tarde, visitei o Forte Kumbhalgarh e a sua enorme muralha. Aconselho-vos vivamente a assistir lá ao pôr do sol e a verem o forte todo iluminado!

A arquitetura incomparável, as paisagens de cortar a respiração, os sabores únicos da gastronomia indiana e a riqueza da sua história dão a quem visita o Rajastão uma experiência única e inesquecível.

Por cá, eu já recordo com (muita) saudade os meus dias passados nestas cidades maravilhosas a que vou, certamente, voltar. Se também ficaram com vontade de conhecer este paraíso, marquem a vossa viagem com a Agência de Viagens Know To Go para uma experiência exclusiva e criada à vossa medida.