Flic-en-Flac, Le Morne e Bel Ombre

Flic-en-Flac e Le Morne

Se o que quer é mar azul, quente; areias brancas, finas; coqueiros e palmeiras à beira-mar, e vistas deslumbrantes, aqui tem. E tem em quantidade e qualidade! Flic-en-Flac é uma maravilhosa aldeia das Maurícias; uma estância de qualidade superior onde a natureza se apresenta no seu melhor para que as suas férias sejam extraordinárias.

Diz-se que o engraçado nome terá origem, muito provavelmente, no holandês ‘Fried Landt Flaak’, que significa ‘terra livre e plana’. E, já agora, um parêntesis de história: depois de terem sido descobertas pelos portugueses, em 1507, que não se interessaram especialmente por este território, as Maurícias foram ocupadas pelos holandeses.

Retomando o rumo, de facto, assim são estas terras: livres, planas, lindas! Em parte, porque estas belíssimas praias, que formam uma lagoa, estão protegidas pelo recife de coral. Menos plano, contudo, é o Le Morne Brabant, uma montanha que se vê ao longe e que também proporciona um belo passeio, como lhe diremos uns parágrafos à frente.

Mas, ainda, em Flic-en-Flac, e uns quilómetros ao lado, outra praia espetacular – a Tamarin. E como a distância é curta, convida a um magnífico passeio a pé por estas praias maravilhosas, que não cansam. A cereja no topo do bolo é assistir, ao pôr do sol, em Tamarin, um dos mais bonitos da ilha.

E, agora que o sol já se pôs, fique também sabendo que a noite é divertida por estas bandas! Não faltam restaurantes e bares para um jantar bem condimentado e um pezinho de dança. Com sorte, talvez encontre algum grupo a cantar e dançar a Séga, uma música tradicional mauriciana cheia de ritmo, balanço e, verdadeira, libertação!

Um pouco mais a sul, e voltando ao Le Morne Brabant – lembra-se? - só para ter a certeza de que é um ponto espacial de uma beleza única, saiba que a sua paisagem foi declarada Património Mundial da UNESCO. É, sem dúvida, uma das montanhas mais bonitas das Maurícias, num cenário que é tudo aquilo que imaginamos de um país tropical com praias de sonho. Só que aqui é tudo realidade.

Apesar de hoje ser um local turístico, outrora foi abrigo de escravos – os cimarrones – que aproveitaram as encostas íngremes e com vegetação densa para fazer os seus esconderijos. O local acabou por se tornar um símbolo do seu sofrimento, mas hoje é, também, e felizmente, um local de beleza natural onde se vem em paz, para apreciar a praia, que é magnífica. Se gosta de desafios, também poderá subi-lo, mas prepare-se: é um percurso exigente que não deve ser feito sozinho.

Não muito longe, e mais para o interior, as Cascatas de Chamarel são um local muito especial. Além das quedas de água, que são uma paisagem sempre muito bonita de ver, aqui há outro ponto que merece atenção: as misteriosas dunas de areias coloridas, que são um espetáculo de beleza e encantamento! Para conhecer melhor este fenómeno, sugerimos uma visita ao Geopark, a Terra das 7 Cores de Chamarel, onde também pode ver tartarugas gigantes e a única plantação de café nas Maurícias. Se gosta de caminhar, está no sítio certo, pois esta área tem vários trilhos, todos muito agradáveis.

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Bel Ombre

Descendo um pouco mais para sul, Bel Ombre é outro local idílico, onde natureza, beleza e diversidade se encontram, proporcionando paisagens magníficas e memórias inesquecíveis.

É, hoje, essencialmente uma zona protegida, tanto no mar, como na terra. Como tal, quer na floresta tropical, quer no ecossistema marinho, em águas absolutamente transparentes, pode ver diversos animais e plantas, um verdadeiro espetáculo natural, que deslumbra todos.

Na época colonial, durante a presença francesa, o território foi destinado a plantações agrícolas várias, mas, devido ao valor que o açúcar atingia nos mercados internacionais, acabou por se fixar na produção de cana-de-açúcar, o que durou até ao século XX.

Já no século XXI, tornou-se um destino turístico de sonho, que tem conseguido manter a sua personalidade e atmosfera especial, que passa também por cuidar da fauna e flora, que são a essência deste local único. Uma simbiose entre turismo e natureza, em que um ajuda o outro e vice-versa.

E, quanto a natureza, aqui há muito que preservar: florestas, mangais, savana, rios, praias e dunas, rochas, lagoas, recifes, mar... um verdadeiro tesouro natural, onde não faltam mil e uma árvores, flores e frutas, arbustos, baleias e golfinhos de várias espécies, peixes que nunca mais acabam e de cores maravilhosas, aves e pássaros de várias tamanhos e plumagens, búzios, ostras, conchas, estrelas do mar e outras maravilhosas criaturas marinhas, tartarugas, polvos, cavalos-marinhos, algas que nem sabia que existiam, tubarões – sim, tubarões! – barracudas, caranguejos, rãs, sapos, insetos como nunca viu, patos, mangustos, porcos-espinhos, coelhos, javalis, veados, palmeiras, macacos, lagartos, periquitos, orquídeas, e muito – mas mesmo MUITO MAIS! É um espanto!

Por isso, se adora natureza, não perca!