Ticino, Lago Lugano e Lago Maggiore

O cantão de Ticino é muito curioso porque consegue, no mesmo território, apresentar duas versões de ambiente tradicional e genuíno, muito diferentes entre si. Por um lado, a montanha, com o seu ambiente alpino, gelado e rodeado por natureza onde não faltam toques de ambiente medieval. Aqui já se sente a proximidade a Itália, mas sobressaem os Alpes e o conforto suíços.

Mais abaixo, nas zonas mais próximas dos lagos, onde o clima é mais ameno, as vibrações são outras, e sente-se a grandiosidade e a patine que tornam lindíssímos e muito pitorescos locais como as ilhas Brissago, Ascona, Lugano ou Locarno.

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Ticino

Se andar por estes lados, delicie-se com os castelos de Bellinzona, as magníficas vilas de Lugano ou as ruelas medievais de Ascona. E não deixe de visitar o Valle Verzasca, onde um banho de rio nas piscinas naturais de água verde-esmeralda são inesquecíveis, pelo cenário natural que as envolve. Um vale cheio de pedras, ribeiros e até uma ponte de pedra - a Ponte dei Salti - onde apetece estar em paz.

Mas, se procura adrenalina e tem nervos de aço, não tem problema. Basta seguir até à barragem e saltar no emocionante ‘007 Bungee Jump’ que replica o salto do filme 007 Golden Eye. Como é: encara o desafio?

Baixando o volume à emoção, mas ainda na natureza, o Monte Tamaro também lhe proporciona diversas aventuras. E à sua espera tem vários trilhos que o levam por caminhos pouco explorados, onde pode apreciar a beleza das alturas, e muitas outras atividades divertidas: teleférico, parapente, mountain bike, parque de cordas, tirolesa e pista de trenó são apenas algumas delas. Aventure-se! Vai valer a pena.

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Lago Lugano

O Lago Lugano, já quase em Itália, está cheio das suas influências, e já tem, até, um cheirinho a Mediterrâneo, com o clima mais ameno e árvores de citrinos, o que altera em muito a paisagem, ainda que os montes e montanhas pintadas de neve continuem presentes. É uma zona muito pitoresca e encantadora, com uma aura antiga, mas muito bem conservada, e um ambiente relaxante e sereno.

Para os amantes da natureza, há diversas atividades, como as caminhadas, passeios de bicicleta, de barco e, até, mergulho!

Acima da cidade, o Monte Brè é um deleite para quem adora explorar a natureza. Se as suas pernas não estão treinadas, um teleférico leva-o até ao topo, onde encontra, para além de lindas paisagens, o lugar perfeito para saborear uma refeição ou uma bebida com vista para um bocado de mundo maravilhoso!

E porque para baixo todos os santos ajudam, aproveite para conhecer a romântica e rural aldeia de Brè e as suas grutas, ou descer pelos trilhos que lhe mostram como é ali a natureza em estado puro, mas tenha em conta que alguns troços do caminho são bastante íngremes.

Cá em baixo, a vila de Gandria é outro ponto a visitar. Por ser praticamente fronteira entre Suíça e Itália, a sua história inclui – naturalmente – as histórias de contrabando. Mas ilegalidades à parte, a vila é muito pitoresca, com as suas casinhas empoleiradas na montanha. Escusado será dizer que vale a pena passear e ver as vistas. Todas belíssimas!

Ainda junto ao lago, encontra-se o Parco Ciani, um jardim enorme à beira-lago plantado! Este é, na verdade, o Parque Cívico de Lugano e também o pulmão da cidade, com antiquíssimas árvores, diversas estátuas, fontes, canteiros e muitas flores e plantas de todo o mundo!

E por falar em beleza, também a arte tem lugar junto ao lago, com a impressionante plataforma de arte contemporânea, LAC – Lugano Arte e Cultura. Este edifício moderno é inteiramente dedicado à cultura, com um teatro, sala de concertos e mais de 2.500 metros quadrados de arte. Um banquete para a alma e para o espírito! Afinal, os olhos também comem.

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Lago Maggiore

Partilhando nacionalidade, metade suíça, metade italiana, o Lago Maggiore é mágico! Num cenário absolutamente fantástico onde a natureza é rainha, há montanhas e neve, há águas tranquilas, há vegetação intocada, casas de pedra e a sensação de que ali tudo está perfeitamente no seu lugar.

Devido ao clima mais ameno nesta região, a vegetação é muito mais exuberante, com espécies que não existem no resto da Suíça, onde as temperaturas são mais baixas. Por isso, aqui os jardins têm um encanto ainda maior, especialmente na primavera e verão; como têm também muitas das casas onde eles existem: magníficas, exclusivas, espantosas!

No próprio lago há casas ainda mais especiais. As que existem em ilhas, muitas delas particulares, como as Brissago, no lado suíço, ou as Borromeo, no lado italiano.

Na de Brissago, outrora casa particular, e hoje hotel e restaurante, encontra-se um Jardim Botânico com mais de 2 mil espécies. É fantástico! Já as Borromeu, são um conjunto de três ilhas – ilha Mãe, ilha Bela e ilha dos Pescadores – cada uma com a sua personalidade.

Na ilha Mãe sobressai a vegetação e a tranquilidade; na ilha Bela sente-se o luxo e o peso da aristocracia - o Palácia Borromeo é pleno de obras de arte e os seus jardins clássicos são magníficos. A dos Pescadores, mais simples e rústica, é muito pitoresca à conta da vila de pescadores, que lhe dá o nome. Apesar de poderem ser visitadas, algumas ainda são propriedade privada, da família com o mesmo nome, Borromeo.

Ainda na parte Suíça do Lago Maggiore, em Stresa, vale a pena visitar, também, a Villa Taranto, e os seus jardins botânicos. Tudo obra e visão do seu fundador, o Capitão australiano Neil Boyd Watson McEacharn.

Deste lado de Itália, mais concretamente de Domodossola, pode regressar à Suíça, a Locarno, através do comboio que passa por Centovalli. Esta magnífica viagem proporciona-lhe paisagens naturais belíssimas, com muitos vales – cem vales, como sugere o nome - e natureza virgem. Na primavera e verão a paisagem torna-se ainda mais espetacular, com as cascatas, os tons de verde e todas as cores das flores. Para os que gostam de caminhar em plena natureza, esta é, sem dúvida, uma região com muito para explorar!

E de volta à parte Suíça do Lago Maggiore, chegamos a Locarno, cidade muito conhecida pelo Festival de Cinema, que ocorre anualmente, em agosto.

Apesar de suíça, as influências italianas estão por todo o lado, a começar no clima, muito ameno. Isso faz com que também a vegetação seja diferente, o que, combinado com o centro histórico, medieval, de que a Piazza Grande é o destaque, a cidade tenha uma atmosfera muito especial e única.

Ou, talvez, esta aura especial tenha também a ver com o que se passou um pouco mais acima, em Orselina, onde hoje está a igreja Madonna del Sasso. Diz a história que essa terá sido construída na sequência de uma aparição da Virgem Maria. Será?...

Se prefere os pés no chão, ou melhor, na água, passeios de barco pelo maravilhoso lago não faltam, e todos eles dignos de recordações únicas. Suba a bordo e desfrute!