Bonito, Chapada dos Veadeiros, Japalão e Amazónia

O Brasil é um dos maiores países do mundo e, por isso mesmo, tudo é imenso. Como tal, a sua viagem pelo país - e mesmo por cada região - será tão prolongada, e com tempo para aproveitar cada lugar; ou tão abreviada, e com passagem rápida por muitos lugares, conforme o tempo que tiver disponível. Mas uma coisa podemos garantir-lhe: passe por onde passar, tudo é de uma beleza deslumbrante e inesquecível, que vai gostar muito de conhecer!

Bonito

Localizado no Mato Grosso do Sul, Bonito é... muito bonito! E isso não acontece por acaso, mas graças às belezas naturais que ali existem: águas absolutamente transparentes e cristalinas, rios, cavernas e natureza exuberante, tudo isto, numa região reconhecida pela sua beleza única e preservada.

Aqui existem diversos rios onde é possível fazer snorkeling, mergulho ou passeios de barco. E os rios de Prata e o Sucuri são dois exemplos magníficos que permitem uma visibilidade única da vida aquática, onde não faltam milhares de coloridos peixes e plantas subaquáticas.

Também as grutas e cavernas são inúmeras e impressionantes! Ou as cascatas e piscinas naturais, entre muitos outros segredos que a natureza revela passo a passo. Por tudo isto, visitar Bonito é uma maravilha, e um exemplo de como é possível turismo e preservação ambiental coexistirem e potenciarem-se, ajudando ainda a educar e consciencializar quem visita. Um passeio inesquecível!

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Chapada dos Veadeiros

Aqui a natureza existe em todo o seu esplendor. Literalmente! Sendo um dos principais destinos de ecoturismo e preservação ambiental do país, a Chapada dos Veadeiros é uma região de beleza natural excecional, localizada no estado de Goiás.

Devido à sua biodiversidade única e paisagens deslumbrantes foi declarada Património Mundial Natural pela Unesco, sendo o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros o seu principal atrativo. Esta unidade de conservação, que abrange uma área de aproximadamente 65 mil hectares, é um espaço natural soberbo, onde é possível encontrar uma variedade de formações geológicas, como cânions, vales, serras e cascatas e muitos animais e plantas, inclusive de espécies raras ou ameaçadas, como o lobo-guará e a onça-pintada. Magnífico!

Para descansar e descontrair, ou desfrutar de uma deliciosa refeição, a vila de São Jorge é pitoresca e acolhedora. E se lhe parece que o ambiente por estes lados é místico, não está enganado! Diz quem sabe que esta é uma região que tem uma atmosfera mágica, o que atrai muitos adeptos das terapias alternativas, meditação e retiros espirituais.

Há, mesmo, uma abundância de locais energéticos, entre os quais o Vale da Lua, que é uma formação rochosa parecida com a superfície lunar e que, segundo os locais, muitos visitantes deste planeta - e de outros! - gostam de visitar. Se quer ver se vê algum, o melhor é ir espreitar!

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Jalapão

Localizada no estado de Tocantins, a região do Jalapão é a natureza em estado puro! Tem, de resto, um dos maiores blocos de vegetação nativa, que é como quem diz intocada, o que faz deste local um verdadeiro santuário natural, tanto de fauna como de flora.

As paisagens são todas, sem exceção, espetaculares: rios cristalinos, cascatas e quedas de água, rochas impressionantes e dunas de areia alaranjada (onde é muito fácil atascar, pelo que se recomenda veículos 4x4 e um motorista experiente), e onde tudo se torna ainda mais mágico no momento do pôr do sol.

Mas há mais coisas fora-de-série, e uma delas são os fervedouros. Estes são nascentes de água pura, algumas a 70 metros de profundidade, onde a pressão subterrânea impede qualquer pessoa ou animal de se afundar, uma vez que só se consegue flutuar à superfície da água, como se se caminhasse sobre ela. Uma experiência muito especial!

Falando em caminhar, aqui não faltam opções, e uma delas é percorrer os trilhos que levam até ao impressionante desfiladeiro Sussuapara. A sensação de estar em total sintonia com a natureza é única!

Para visitar, vale ainda a pena ir até à Cachoeira Velha, a maior do Tocantins; à Cachoeira Formiga, ideal para relaxar e nadar nas suas águas azuis límpidas; ou ir até à Pedra Furada - uma formação rochosa que tem um curioso buraco no meio. Já para se divertir em plena natureza, tem muito por onde escolher, e o ciclismo, o rafting e a canoagem ocupam os lugares do pódio.

Nesta região tem ainda contacto com formas mais simples de viver, mas nem por isso menos ricas. E a quilombola é a cultura local de uma comunidade descendente de escravos africanos que, tendo conseguido fugir das senzalas, se abrigaram nas matas e criaram formas de viver em comunidade, onde têm com os seus próprios usos, costumes e tradições. Muito interessante!

Em suma, se a natureza é o seu vício, e se conhecer outras formas de estar e de ser, o seu interesse, no Jalapão está, com toda a certeza, no lugar certo.

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Amazónia

Este destino dispensa apresentações, mas há sempre tanto para dizer que, certamente, alguma informação acabará por se revelar uma surpresa.

Sabia, por exemplo, que a Amazónia abriga a maior biodiversidade do planeta terra? Ou que a Amazónia tem a maior reserva de água doce do mundo? Ou que os povos da Amazónia remontam, segundo artefatos encontrados, a 6 mil anos A.C?

Se para si, tudo isto não passa de notícias velhas, parabéns, é um perito na matéria! Resta saber se sabe a resposta à pergunta final, e que é, na verdade, a mais difícil de todas: mas, afinal, onde fica, exatamente, a Amazónia?

É que, pela sua dimensão e importância, a Amazónia foi - e é - considerada uma região à parte. Só no Brasil, atravessa oito estados, sem contar que, ao todo, abrange nove países! É, de facto, uma espetacular e vital floresta tropical e uma das mais importantes áreas naturais do planeta, tanto pela biodiversidade, como por desempenhar um papel crítico no equilíbrio climático a nível mundial, bem como no ciclo global da água.

A maior parte – aproximadamente 5,5 milhões de quilómetros quadrados – são de floresta tropical contínua - o que a torna na maior do mundo! - e está situada no norte do Brasil. Neste, que é um dos ecossistemas com maior biodiversidade do planeta, vive uma gigantesca variedade de espécies de plantas e animais, algumas delas endémicas, como os jaguares, ariranhas, tucanos, e múltiplas plantas medicinais.

Em harmonia com tudo isto, neste território vivem também diversos povos indígenas e comunidades tradicionais que são elementos fundamentais para a conservação da floresta, não só porque dela depende a sua subsistência, como porque atuam como zeladores e protetores da região e dos seus territórios.

O facto de, devido à quantidade de árvores e vegetação, ter a capacidade de absorver enormes quantidades de dióxido de carbono, valeu-lhe o cognome de ‘o pulmão da terra’, pois o bem-estar das gerações futuras no Brasil – ou de qualquer outro lugar do mundo, na verdade - está absoluta e intrinsecamente ligado à sua conservação, sendo responsabilidade de todos colaborar com tudo o que possa reduzir o impacto neste património natural de valor imensurável para a Humanidade.

A Amazónia é, por tudo isto e muito mais, um local fascinante, que merece ser visitado, e onde vai poder ter experiências inesquecíveis! Explorar a floresta, andar de barco nos rios amazónicos, observar a fauna e flora ou conhecer a cultura dos povos indígenas são apenas algumas delas.

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Rio Negro e rio Solimões

Ainda dentro da região da Amazónia, na capital do estado do Amazonas, em Manaus, o encontro destes dois rios proporciona um espetáculo natural digno de nota: o encontro de águas.

Dito assim não parece ser nada de mais, mas a questão é que estes dois rios, por terem densidades, temperaturas, tonalidades e velocidades diferentes são altamente contrastantes: as águas barrentas do rio Solimões encontram-se com as águas escuras do rio Negro e juntas, mas com uma aparência distinta, formam o famoso rio Amazonas – importantíssimo para toda a economia local.

Mas, além deste fenómeno, há mais a dizer sobre estes rios. A bacia hidrográfica do rio Solimões, que abrange parte do Brasil, do Peru e da Colômbia, é uma das maiores do mundo, e desempenha um papel fundamental no transporte de nutrientes e sedimentos para a região amazónica. Já o rio Negro, tem este nome devido à cor das águas, que assim são por conterem grandes quantidades de ácidos orgânicos libertados pela decomposição da matéria orgânica na floresta tropical.

Ao longo das suas margens existem várias comunidades indígenas cuja atividade é, sem surpresas, ligada à pesca e à agricultura. E é também aqui, nas suas margens, que a floresta amazónica abriga uma grande variedade de espécies e plantas, muitas delas endémicas. A melhor forma de conhecer tudo isto será de barco onde se incluem os cruzeiros fluviais em barcos tradicionais, com lotação limitada, que lhe permitem sentir a magia da floresta e das suas águas, sem pressas.

Se quiser variar da natureza, e lhe apetece a experiência da urbe, Manaus é uma das maiores cidades da região e um importante centro económico e cultural. A visita vale a pena!