Bolívia‍

Longe do turismo de massas, autêntica, agreste, cheia de contrastes, a Bolívia é um país fascinante, onde encontrará algumas das paisagens mais extraordinárias da América do Sul e poderá fazer aventuras autênticas.

País de múltiplas etnias e línguas, espalhadas pelo altiplano andino e pelas terras baixas de selva e pastagens, as suas cidades e aldeias são um festival de cores e vida que combinam o tradicional com alguns traços de modernidade.

Os amantes da natureza podem escolher entre atividades em bicicleta ou 4x4, caminhadas e escaladas em montanhas com cumes bem acima de 6.000 metros de altitude. Vá e surpreenda-se!

La Paz‍

La Paz é a mais alta capital do mundo - o seu centro está a 3.600 metros de altitude, mas a zona urbana estende-se entre os 3.200 e os 4.050 metros.

Nesta cidade enorme, caótica e colorida, cuja maioria da população é Aymara, merecem visita o centro histórico, a Igreja de São Francisco, o Centro Cívico, o Mercado das Bruxas e o Vale da Lua. 

A visita da cidade pode fazer-se a pé, utilizando essa rede de teleféricos, garantindo eficiência de tempo e sobretudo uma perspetiva totalmente diferente das ruas e da gente, assim como do gigante nevado Illimani que, a mais de 6.400 metros de altitude, domina a paisagem da região.

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Tiwanaku‍

Perto de La Paz encontra-se o lugar arqueológico de Tiwanaku, classificado Património Mundial pela Unesco, que é uma cidade e centro cerimonial com origens há mais de 2.000 anos.

Muito anterior aos Incas, este povo, os Tiwanaku, entretanto desaparecido, era muito evoluído nos seus conhecimentos de arquitetura, matemática e astronomia, o que se constata pela forma como os edifícios foram construídos a acompanhar os movimentos planetários e/ou do sol, e pela precisão da construção, da escultura rigorosa e reta das pedras e dos elementos arquitetónicos que aqui se encontram. Tudo feito sem máquinas e ferramentas modernas! 

O destaque maior vai para a Porta do Sol, com 10 toneladas, construída a partir de uma única pedra. Mas há muito mais para ver e apreciar. É um local extraordinário em todos os sentidos!‍

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Copacabana & Lago Titicaca Boliviano‍

O lado Boliviano do Lago Titicaca, mais afastado das multidões de turistas, é fascinante pelas paisagens e clima quase mediterrânico, pelas gentes e pela história.

A cidade de Copacabana, que em Aymaras significa ‘vista do lago’, com a sua catedral branca e santuário mariano, é local de peregrinação para as gentes da região. Colorida, agitada, em festa quase permanente, é local de convivência de Aymaras e descendentes de europeus.

Estrada da Morte & Yungas‍

Se tem nervos de aço, então esta parte da viagem é mesmo para si! 

Até 2006, uma viagem entre La Paz e a região da selva tropical da Bolívia pressupunha descer pela “Estrada da Morte”, muito estreita, curva e contracurva, em terra batida, construída nas encostas de vales profundos, com bermas verticais, e várias quedas de água. 

Aqui houve ao longo dos tempos inúmeros acidentes - muitos carros, camiões e autocarros caíram dessa estrada com consequências trágicas - até que finalmente foi construída uma alternativa em asfalto. Mas, mesmo numa viagem sem contratempos, a respiração faz-se de forma controlada, como se apenas no final seja seguro respirar fundo. 

Nesta região a geografia é muito diferente, bem mais verde e húmida; já a mostrar-se mais tropical, com uma natureza luxuriante. Em tempos, fez-se aqui o garimpo de ouro e, ainda hoje, sob o controlo das autoridades, cultiva-se e produz-se a folha de coca, muito usada para fins medicinais e também para mascar, o que ajuda a reduzir os efeitos de mal-estar provocados pela altitude, a que chama soroche.

Sucre‍

Com o seu centro histórico classificado como Património Mundial pela Unesco, esta cidade, berço da independência da Bolívia, é a mais bonita do país e uma das capitais coloniais dos Andes mais bem conservadas e interessantes.

Ao longo dos tempos foi tendo vários nomes, o que lhe mereceu o epíteto de ‘cidade dos quatro nomes’: Charcas, La Plata, Chuquisaca e, finalmente, Sucre.

Impecavelmente pintada de branco e com telhados em telha tradicional, limpa e organizada, os seus edifícios contam com fantásticos pátios interiores decorados com flores. Em Sucre pode ver-se a vida local, com as suas populações Quechua e hispânica, com segurança e sem multidões de turistas.

Potosí‍

Outro destino que vale a pena conhecer na Bolívia é Potosí. Construída a mais de 4.000 metros de altitude, no sopé de uma montanha ainda mais alta, foi, no seu apogeu, a maior e mais rica cidade das Américas. Tudo por causa da prata descoberta nessa montanha pelos conquistadores espanhóis no século XVI.

Hoje classificada como Património Mundial pela Unesco, Potosí é caótica e colorida, e uma cidade que mistura gentes e tradições. 

Tem um centro histórico bem preservado, onde vale a pena visitar o Convento de Santa Teresa e sobretudo a Casa da Moeda, construída no Século XVIII para controlar e promover a cunhagem das moedas de prata. Este museu ocupa um quarteirão inteiro no centro histórico e é um dos melhores museus da América do Sul. Muito interessante!

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Salar de Uyuni‍

Este destino é dos mais originais e exóticos que possa imaginar: um enorme deserto de sal! 

Sim, é isso mesmo. No lugar de um antigo lago, a mais de 3.650 metros de altitude, que há milhões de anos se evaporou, está hoje este enorme salar, com mais de 12.000 quilómetros quadrados de área.

A visão de um branco sem fim, apenas cortado pelas ilhas com catos gigantes, torna este destino numa visita obrigatória na América do Sul (e até no mundo) para quem gosta de natureza, paisagens, fotografia e aventura. É algo totalmente diferente do que se pode encontrar noutra paragens! ‍

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Deserto e Lagunas do Sul da Bolívia‍

Numa extensa região remota a sul do Salar de Uyuni, entre os 4.000 e os 5.000 metros de altitude e com temperaturas muito baixas todo o ano, encontram-se lagoas estranhas, formações rochosas raras, desertos e montanhas coloridas, vulcões e fumarolas, e pequenos hotéis simplesmente “no meio do nada”.

Depois de algumas horas de viagem em 4x4, a chegada à fantástica Laguna Colorada é uma experiência em si mesma. Na sua água avermelhada, que resulta de organismos microscópicos, com uma profundidade de não mais de 80 centímetros, vivem e nidificam mais de 30.000 flamingos de três espécies diferentes.

Não muito longe fica o "Sol de Mañana”, uma região de atividade vulcânica com geysers que emitem fumarolas de mais de 10 metros, e as fontes termais de Polques.

Mais a sul, passando pelo deserto de Dalí, onde pedras vulcânicas se espalham por um deserto arenoso, fica a também fantástica lagoa verde. Aos pés do vulcão Licancabur, na fronteira com o Chile, tem cor verde-esmeralda, que resulta do alto teor de diversos metais naturais que a sua água possui.

Um espetáculo da natureza a que se assiste ao vivo e a mil e uma cores!